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Kathy Coopmans - Saints

Saints 1


Minha mãe me disse que o Paraíso bateria na minha porta um dia.
Que eu seria tirado do inferno em que vivia.
Ela estava certa sobre uma coisa e tão errada sobre a outra.
O Paraíso veio na forma de um anjo exatamente como ela disse.
Bonita.
Perfeita.
Um anjo.
E depois.
Minha vida se tornou um inferno.
Ela se foi. Desapareceu.
Eu parti. Fui para a guerra. Morto. Tudo por ela.
Todo rosto era o do homem que a levou.
Todo sonho preenchido com ela.
Por doze anos eu existi no inferno. Respirei o fogo do purgatório.
Até ela, a mulher na praia fora da minha casa.
Cativante.
Encantadora.
Hipnotizante.
Não poderia ser minha Cora, meu anjo, meu paraíso na terra.
Ela estava morta.
Não estava?

02

Eu fingi por tempo suficiente, mantendo minha boca fechada, colocando um sorriso falso no meu rosto e focando duro no meu trabalho.
Eu parei de sair para encontrá-la
De confrontá-la.
Ela me odeia, me detesta.
Vivian Shepard nem imagina que eu tenho mais truques na minha manga do que ela pode começar a imaginar, para fazê-la mudar de ideia, para ter a minha chance.
Não vou desistir.
Eu a quero, e por Deus, eu vou lutar tão sujo quanto eu puder para tê-la.
Não importa o que aconteça!

Vivian

Claro, eu sabia que era um caso de uma noite.
E para ser honesta, foi uma noite perfeita antes de tudo desmoronar.
Bebendo, conversando e flertando.
Coisas que apreciei enquanto tentava voltar à realidade depois de subir tão alto que eu podia sentir vontade de voar.
Meu estômago revirou, meu coração vibrou e eu fiquei em êxtase,
e então, me espatifei na superfície dura do chão.
Jude westbrooke falou o que não devia.
Ele arruinou isso, arruinou-me, arruinou tudo.

03

Eu sei o que é ter o coração partido ao meio.
Uma metade vai atrás dela. A outra metade segue as mentiras, o engano e a traição.
É uma bola escaldante do inferno.
Segundos, minutos, horas e anos passaram, todos eles resistiram à profundidade do meu próprio inferno ardente.
Tudo isto acontece em conjunto enquanto a vida passa por mim.
Há treze anos, a mulher por quem eu estava apaixonado deixou-me de pé no altar.
Magoado.
Destroçado.
Humilhado.
Há quem diga que treze é um número de sorte.
Eu? eu amaldiçoo o número.
Agora ela está de volta.
Lembrando-me.
Torturando-me.
Ela diz que as coisas não são o que parecem.
Que na ocasião também não eram.
Será que acredito nela?
Será que eu a perdoo?
Esqueço?
O tempo e a verdade dirão.

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